sábado, 20 de março de 2010

[Entrevista] Renata Ricci

Entrevistamos a atriz Renata Ricci, que dará vida a personagem de June no musical comandado por Möeller & Botelho.

Nascida em São Bernardo (SP), desde os cinco anos de idade, Renata Ricci fazia aulas de balé, teatro e canto. Formou-se em teatro pela Fundação das Artes de São Caetano. Integrou o grupo vocal feminino “Cantrix” entre os anos de 2002 e 2004, tendo cantado com nomes como Eliana Pittman.

Gypsy O Blog:
June tem um grande peso na história de Gypsy. Como é a sensação de ter a responsabilidade de interpretá-la?
Renata Ricci: Antes de pensar na responsabilidade, penso apenas em quão feliz estou em fazer mais um espetáculo do Charles e do Claudio. Mas é claro que passa pela cabeça o fato dela, a June, ser uma pessoa que existiu de verdade ... ou seja, não é apenas uma personagem de ficção, que vc pode ter a liberdade artística na hora da criação. Esta liberdade está ali, é claro, mas com uma responsabilidade a mais por este fato, da June ter existido. Na verdade, ainda existir.


GOB: Quando você foi fazer o teste pro elenco, a personagem para a qual você tentou foi June, ou como acontece muitas vezes, você foi fazer teste pra um personagem e na hora viram que você tinha características para outro e convidaram para outro teste? 
RR: No caso da June eu já fui focada, sabendo quem ela era na história e com a intenção de fazê-la. Na minha outra audição pros meninos (sempre me refiro ao Charles e Cláudio como "os meninos" rsrs ), pro Sweet Charity, eu fui pensando apenas que queria fazer o trabalho, nem foi com a intenção de fazer um ou outro personagem em específico.

GOB: Qual foi seu primeiro musical? Dele para Gypsy qual a diferença que podemos notar em Renata Ricci como pessoa, e profissional?
RR: Meu primeiro musical profissional foi o Sweet Charity, dos meninos. De lá pra cá, obviamente, pode-se notar muita diferença. Muita coisa mudou em mim como pessoa, e também na carreira: fiz muitas aulas, muitos outros trabalhos, e no mínimo posso dizer que, como profissional, existe uma Renata mais confiante, mais apurada, mas ainda muito dedicada e batalhadora, com a consciência de que estagnação é a morte do artista.

GOB: June e você têm algo em comum? Se sim, o quê?
RR: Sempre acho que a gente tem algo em comum com o personagem que fazemos. Seja algo que a gente não goste, seja algo que a gente divida... mas tem de haver uma ponte, algo que de cara te conecte ao personagem, e seja seu ponto de partida pra criação. Parto do conhecido, ou seja, algo meu, pra chegar no novo, na surpresa. Acho que posso dizer que, de cara, somos pessoas com um objetivo muito claro em comum, uma certeza e um foco grandes.

GOB: Faz pouco tempo que os ensaios começaram, mas já dá para ver pela cobertura do site Möeller&Botelho que está caminhando para Gypsy ser o próximo sucesso da temporada. Como é a interação do elenco, principalmente a sua com as Baby June? 
RR: Sempre que faço algo espero sempre que seja melhor que o último.Mais desafiador, inovador, que me traga mais e melhores descobertas. Para isso a minha entrega é enorme ... No momento este elenco é formado por colegas que adoro conhecer mais a cada dia. Adoro o convívio com as crianças! Elas são inspiradoras, talentosas demais e me lembram onde comecei e onde estou agora. Que sou a mesma menina que gostava de fazer pecinhas pra toda sua família, ser a ajudante de mamãe noel nas festas de final de ano... A equipe toda é muito querida, e todos tem uma paixão muito grande pelo que fazemos.

GOB: E pra encerrar, manda um recado pro pessoal que lê o blog, por favor!
RR: Espero vocês no teatro e, com todo carinho, que seja especial pra vocês tb! Besitos

Muito obrigado pela entrevista e simpatia de sempre, Renata! 
Sucesso!



E aguardem que vem muito mais por aqui.





segunda-feira, 1 de março de 2010

Quem foi June Havoc?


June Havoc, nascida Ellen Evangeline Hovick em Vancouver, no Canadá, nasceu em 1913 e começou sua carreira bem novinha, na infância, como Baby June. Sua irmã mais velha, Rose Louise Hovick, mais conhecida como Gypsy Lee Rose, era chamada de Louise por sua família. Sua mãe era Rose Thompson Hovick e seu pai o Norueguês-Americano John Olaf Hovick, um anunciador de jornais.


Em dezembro de 1928, com 15 anos, June fugiu com Bobby Reed. Rose tentou impedir, mas June deixou tudo para ficar com Bobby. Segundo os dois livros autobiográficos de June, "Early Havoc" e "More Havoc", o casamento não durou muito, mas os dois continuaram em termos amigáveis, sempre que esbarravam um no outro. Aos 17 anos, ela teve um caso com um homem mais velho e casado, Jamie Smythe, com quem teve sua primeira e única filha, April.

Ao conseguir seu primeiro papel na Broadway, Sigmund Romberg's Forbidden Melody, em 1936, June adotou o nome June Havoc. Mais tarde ela estrelou Rodgers and Hart's Pal Joey, e se mudou para Hollywood para atuar em filmes como Gentleman's Agreement. Ela se casou pela segunda vez em 1935 com Donald D. Gibbs, e uma terceira vez com William Spier, em 1949.


June e Gypsy continaram a receber pedidos de dinheiro de sua mãe, que tinha aberto uma pensão para lésbicas, em Nova Iorque. Gypsy alugou o imóvel para Rose, e uma fazenda em Highland Mills. Rose atirou e matou um de seus convidados (que, segundo Erik Preminger, filho de Gypsy, era amante de Rose). O incidente foi explicado como um suicído e Rose não foi processada.

Rose faleceu em 1954 de câncer no cólon. As irmãs ficaram livres para escrever sobre ela sem risco de uma ação judicial. O livro Gypsy's memoirs (Memórias de Gypsy), foi publicado em 1957, e tomado como material de inspiração para Jule Styne, Stephen Soundheim e Arthur Laurents em seu clássico musical da Broadway: Gypsy: A Musical Fable. June não gostou da forma como ela foi retratada na peça, mas foi persuadida a não reclamar para não ir contra sua irmã. O espetáculo deu fama a canções como "Small World", "Together Wherever We Go" e "Everything's Coming Up Roses". Com o musical e ofertas subsequentes, Gypsy teve uma grande renda. Ela morreu de câncer em 1970.


June escreveu duas memórias sobre sua vida (Early Havoc e More Havoc), e também uma peça entitulada Marathon '33 (baseada em seu livro Early Havoc), que é a peça preferida de Julie Harris e teve uma pequena exibição na Broadway.

June Havoc foi nominada para o prêmio Tony Awards de melhor direção em 1964, por Marathon '33, que também foi escrito por ela. O Teatro June Havoc (June Havoc Theatre), localiazado no Abingdon Theatre em Nova Iorque, foi nomeado a ela em 2003.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Leitura da peça (26/02)

Na sexta-feira passada, dia 26/02, a principal atividade no ensaio foi a leitura da peça, realizada por todo o elenco e acompanhada pelos diretores.



"A leitura foi aberta pelo diretor Charles Möeller. Sentados no palco, de frente para a plateia, os atores puderam fazer, pela primeira vez, suas falas completas. Nos momentos dos números musicais, o diretor Claudio Botelho pôs para tocar um CD com um mix de diversas interpretações de “Gypsy”. A personagem Mama Rose, por exemplo, foi ouvida nas vozes de Patti LuPone, Bernardete Peters, Angela Lansbury, Rosalind Russell, Ethel Merman, Bette Middler, entre outras “divas”." (Site Möeller e Botelho).


Além de ler suas falas, Totia Meireles também cantou as músicas por cima das vozes das intérpretes que rodavam no CD;  Adriana Garambone ficou emocionada ao ouvir a canção “Little Lamb”, de sua personagem Louise; Thayani Campos encantou a todos com sua Baby June;  Liane Maya (Tessie Tura), Sheila Mattos (Mazeppa), Ada Chaseliov (Electra) e André Torquato (Tulsa) mostratam que prometem arrasar. Renata Ricci (June) e Eduardo Galvão (Herbie) também estão afinados com seus personagens.

Fonte: http://www.moellerbotelho.com.br/arquivos/9354/

[IMPRENSA] GYPSY: O Musical em Nova York e como será o daqui

Patti LuPone é um arraso, como mostra a foto, com sua performance arrebatadora em 'Gypsy'. O revival do musical de Arthur Laurents é um dos hits da Broadway este ano. Durante as férias, fui conferir os motivos, já que não vai demorar muito para vermos uma montagem brasileira, dirigida por Claudio Botelho e Charles Möeller. 
Por sugestão do próprio Claudio resolvi assistir à montagem atual, em Nova Iorque. Com música de Jule Styne e letras de Sondheim, o espetáculo tem como personagem principal Rose, uma agressiva mãe que sonha levar a filha ao estrelato. A personagem é real, foi mãe da stripper Gypsy Rose Lee. A história já foi filme com Bette Midler e enfileira clássicos como 'Some People'. 'Rose's Turn', que embala o número final, é incendiária: LuPone - a eterna Evita - prova por que é uma diva: está visceral, entregue, fenomenal. O segunto ato é bem melhor que o primeiro. Confesso: não gosto das apresentações iniciais do show de talentos infantil. Até onde sei, temos os nomes das nossas protagonistas confirmadíssimos: caberá a ótima Totia Meirelles o papel de Mama Rose e a Adriana Garambone o de Gipsy Rose Lee, que na vida real se tornou uma das mais famosas referências em strip-tease nos Estados Unidos. 


A peça é baseada numa biografia da stripper e centrada no relacionamento entre Gipsy (que morreu em 1970) e sua mãe, que massacra a filha a vida inteira, querendo que ela se torne uma estrela. Não há gratuidade em cena, nem nudez, só insinuações. Confesso que, ao assistir ao musical na Broadway e pensar em quem poderia defendê-lo aqui, imaginei Soraya Ravenle no papel da mãe. Lembrei de Totia ao ver 'Mamma Mia', achei que seria a escolha ideal para viver a protagonista do musical com canções do Abba, caso um dia o tivéssemos aqui - tudo bem, eu sei que não dá pra traduzir os hits do Abba. No fim das contas, tanto faz, Totia é capaz de defender brilhantemente qualquer um dos excelentes papéis.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Esclarecimentos

No dia 22 de janeiro de 2010 abrimos esse blog para falar sobre o musical Gypsy. O que queremos mostrar aqui são a história de Gypsy Rose Lee, tanto sobre sua vida quanto sobre o musical que fala sobre ela, além de curiosidades e da versão brasileira que está a caminho por Möeller e Botelho.

Nosso objetivo é informá-los sobre essa história aqui no blog, e para isso pesquisamos muito e traduzimos vários textos a respeito, e com nosso Twitter, interagir com o pessoal para que tornemos uma rede muito mais interessante e informada dessa história de vida e dos palcos.

Como já dissemos "ene" vezes, não somos relacionados a produção Möeller e Botelho, ou a Aventura Entretenimento, não temos nenhuma ligação com eles, e fazemos este trabalho para ajudar na divulgação da peça.

Como percebemos ao passar desse tempo, nosso blog, Orkut e Twitter não foram bem recebidos e sim vistos como uma "ameaça" ou algum tipo de competição a respeito dessa divulgação, por não ser oficial.

Desculpem a quem se sentiu ou realmente foi prejudicado de alguma forma com isso. Como já havíamos dito anteriormente, não era a intenção e nunca seria.